19.10.10

Comida caseira do Japão :: As delícias do Sr. Wadamon

Sabe aquele lugar que você acha bem por acaso, que fica numa rua escondida, sem saída, e pelo qual você não dá nada?! Assim ERA para mim o Umi No Sati, restaurante japonês que fica na Tamarineira.
Na primeira vez que passamos por lá, eu e meu namorado vimos aquela casinha verde no final da rua, que tinha na entrada um mega banner dizendo funcionar ali uma Temakiria (assim mesmo). Então, semana passada, lembramos desse lugarzinho: "Bora lá naquela temakeria ver se presta?"


E não é que presta!?! Logo ao chegar, a primeira surpresa. No mesmo banner onde tem o nome do restaurante, está escrito: "único sushiman profissional do Japão no Recife". Aí já percebemos que o negócio era bom mesmo! 
O lugar é simples. Uma casinha de paredes verdes, com mesinhas de plástico no quintal e umas outras de madeira pela sala. Nas paredes, uns cartazes explicativos sobre a forma certa de saborear a culinária oriental. Sentamos entre a sala e o jardim.

As opções são inúmeras! Entradas, massas, frituras, temakis, combinados... o que você imaginar. E os nomes não são muito familiares. Ficamos meio perdidos, mas nada que a simpática Maki (Meu nome é Maki, mas não é sushi, tá?!) não resolvesse. Ficamos então com um Sunomono de Salmão e Peixe Branco de entrada (R$ 10,80) e pedimos Temaki Aburi de Salmão, (R$ 11,80) sugestão dela.

O ambiente é agradável e engraçado. A graça fica por conta da senhora japonesa atrapalhada  que, por duas vezes, vem em nossa mesa, com um sorriso no rosto, colocar uma cerveja que não pedimos. Ela continua com o sorriso, balança a cabeça afirmando que entendeu que não era para a gente, e sai em busca do dono da bebida. A conversa dela e de Maki é em japonês, língua que dá um ar engraçado aos ouvidos.

Aí chega o pedido. Primeiro vêm os guardanapos, que são na verdade aquelas toalhinhas mornas. Nada de guardanapo de papel. Limpamos as mãos e fomos saborear o sunomono. Primeiro, a explicação: "Não coloquem shoyo porque já tem no molho. E nem peçam wasabi porque a receita original não leva". Então tá. Saboreamos do jeito que veio. Delícia! Eu, que não me dou bem com peixe branco, adorei. Maki havia me avisado "peixe branco aqui é diferente". Isso porque eles não servem esse peixe cru, mas sim maçaricado, já que ele é muito oleoso. O pepino também é um caso à parte. Nunca vi tão fino! Tudo vem boiando no molho feito a base do shoyo. Aprovadíssimo!
Depois foi a vez do temaki. Achei um pouco diferente do que estamos acostumados, pois ela aconselhou não colocar o shoyo (ele não deve ensopar o arroz, como fazemos normalmente). Mas, mesmo assim, gostei das novidades e devorei o cone. Para fechar a noite, pedimos um tempurá de sorvete (13,50). Dessa vez quem nos atendeu foi a senhora japonesa:

- Qual o sabor do sorvete? - perguntei.
- "No ricoremo no?"
Tá.... (?)

Aí chegou o prato e ficamos ainda mais felizes por termos ido até lá.
Depois, batemos palma para pedir a conta - como elas orientaram - e saímos de lá com a certeza de que a comida faz jus ao nome do lugar. Umi no Sati = Felicidade no Mar.

Vai lá?
Umi No Sati
Rua Afonso Celso, 100 :: Tamarineira
(Por trás do Nakumbuca / Fiteiro)
Não funciona às quartas