25.5.13

Passeando na Cidade do México :: Roteiro e dicas

Eu já fiz um post aqui no blog falando em expectativas, em como elas podem construir ou destruir alguma coisa. No caso dessa viagem, a expectativa foi importantíssima para deixar tudo ainda mais surpreendente.

Eu, claro, estava ansiosíssima pra viajar, já há meses que planejava conhecer a Cidade do México, pesquisei horrores antes de ir, mas eu não criei muitas expectativas sobre o lugar. Sabia da riqueza cultural, da simpatia das pessoas, das cores que tanto adoro, das feiras e mercados - programas indispensáveis em qualquer viagem para mim -, mas ainda assim não esperava que fosse amar tanto tudo aquilo. Talvez por saber também dos problemas, como o trânsito caótico, a pobreza, sujeira nas ruas e alguns pensamentos parados no tempo dos mexicanos, como o machismo que se sente ao usar short ou vestido curto na Cidade do México - no dia que usei, me senti uma depravada, todo mundo olhava.

Monumento a La Revolución
Cores do México no Mercado de Coyoacán

Mas ao chegar lá, viver a cidade, conhecer as pessoas, andar e andar com segurança até altas horas da noite, sempre com muita gente ao redor, comer bem - sim, porque achei que fosse me lascar com a culinária local, já que não sou adepta a comida mexicana - qualquer impressão que poderia ser negativa se desfez. Eu amei, e muito, tudinho!

Realmente com a comida é que se tem que tomar cuidado. A minha pergunta de sempre era: "Pica?" Se eles dissessem que "não picava", ainda existia o risco de ser picante. Agora, se eles dissessem que "pica un poco", aí era certeza de ter a boca queimando por um longo tempo. Ô povo pra gostar de pimenta! E não é só nos pratos da culinária local, não. Frutas, bombons, sobremesas, batata frita, pizza, tudo leva pimenta. Santo Omeprazol!

Todo pica!

A Cidade do México é sim muito segura e a impressão que temos é que todo mundo está, ao mesmo tempo, de férias. Só assim para ter tanta gente, em qualquer lugar, a qualquer hora. Isso causa alguns transtornos, como a lotação dos metrôs, mas eu confesso que gosto de uma muvuca, então pra mim não foi muito traumático. Passávamos o dia todo andando e, mesmo durante a semana, se voltássemos para o hostel às 0h, a rua ainda estava cheia de gente - e de policiais, vale salientar -, o que dava a impressão de que ainda era cedo.

Ah! Outra coisa: a Cidade do México é sim cheia de tradições, a cultura asteca é muito presente, o tempo todo se vê índios fazendo seus rituais no meio da rua... mas não é só isso. A cidade é também super desenvolvida, preparada para o turismo, há banheiros públicos organizados em todo lugar, os transportes funcionam bem - embora eles utilizem alguns ônibus de séculos atrás, alguns até sem porta - há restaurantes bons, cafés e lojas de grife por toda a cidade. Então, se sua visão é de que a Cidade do México é pobrezinha, coitada, esqueça! E é esse contraste que a faz tão especial, com programas para todos os gostos.

Índios dançando nas ruas
Pirâmide do Sol, em Theotiuacán
Galeria chiquérrima em San Angél
Além disso, é ótimo passear por lá. Muitas ruas só para pedestres, avenidas largas, vários parques e praças espalhados pela cidade, o que deixa qualquer lugar mais agradável. E a simpatia das pessoas é incrível, eu tinha vontade de colocar os mexicanos embaixo do braço e trazer para casa. Pense num povo amável, solícito... isso pra mim já é motivo suficiente para amar um lugar.

O Parque Alameda Central é enorme e cheio de fontes
El Caballito, na Av. Paseo de La Reforma :: Parte modernosa da cidade

Bom, eu vou parar esse post por aqui, para não me prolongar demais e perder o assunto. Nos próximos, o nosso roteiro, dia a dia, na Cidade do México e na deliciosa Playa Del Carmen.

Hasta!